segunda-feira, outubro 29

E ainda querem matar o Gerúndio

No tempo que durou aquele passo posterior à idéia foi que pensei sobre o Gerúndio. Coitado, querem matar o Gerúndio. Acho um pecado acharem demodê, mas tudo bem. O problema é que o filho daquele Português está sendo caçado feito bruxa em tempos de inquisição - ou melhor - feito viado e pobre na Avenida das Américas.
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Cada forma dessa língua tem o seu porquê. Mas ele, o Gerúndio, é especial. Sem ele a vida pára. Sem ele, há o presente e há o futuro, mas não há ponte que os ligue. O Gerúndio é maneiro, rapaz.
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Como sempre, a pseudo-intelectualidade encravando suas farpas nas epidermes dos que dormem quietos com suas criatividades. Mas hão de lembrar do Gerúndio, malditos hipócritas, na hora em que a dor lhes revirar as tripas! Irão dizer:
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- Estou sofrendo.
- Estou seguindo.
- Estou tentando.
- Estou pedindo.
- Estou melhorando.
- Não estou aguentando.
- Estou morrendo!!!
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Pois que morra! Antes tu do que ele.

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