quinta-feira, janeiro 31

“Pessoas que fazem com que minha vida seja um case de sucesso”

“Para o jovem repórter Ricardo Napolitano. Também mandou muito bem ao captar toda a emoção de Zagallo para a TV LANCE!. Quando a matéria for ao ar, vai valer a pena conferir. Soube perguntar o que sabia que renderia boa declaração para a lente de sua câmera. É fera e vai longe.”

De Mandarini – Colunista do Lance! – para meu amigo pessoal e de profissão, Ricardo Napolitano.

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Obrigado, Maroto!

quarta-feira, janeiro 30

O bom de ser coleguinha

Trabalho em Botafogo, na rua Eduardo Guinle, uma travessa que faz esquina com a São Clemente, uma das principais do bairro, junto com a Voluntários da Pátria. Pego meu ônibus na praia de Botafogo, então tenho que andar aquele pedaço todo, da Eduardo até a praia, passando pela São Clemente até o final.
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Na esquina da rua Bambina havia uma Palio e, juro, entre as rodas da frente e as rodas de trás, um imenso buraco que percorria a extensão exata entre os eixos do carro. Tipo, impossível colocar o carro ali.
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Como em toda tragédia carioca, um monte de gente olha, cochicha, mas saber do que se trata, que é bom, nada.
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Observação básica de jornalista:
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- Quem é que tá cobrindo? Hum...O Dia, Rádio Tupi, a Globo (foda-se)....
- Ih, a mulher da Tupi é mó nojenta...o cara dO Dia é novão...deve ser estagiário....
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Pronto.
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"Fala, parceiro, sou da Approach, assessoria de imprensa, tranquilão?"
"Tranquilo, parceiro! Que manda?"
"O que aconteceu ali?"
"Ih, rapá, aquela senhora ali de verde estava passando com a Palio pelo bueiro quando explodiu...o carro voou uns 2 metros com ela dentro e caiu naquela posição. Tá uma peleja pra tirar o carro daí."
"Putz! Valeu, meu amigo, amanhã vou ligar pra Cidades e te procurar, valeu!"
"Falou, vou nessa que o PM vai falar um negócio ali."
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E assim eu segui meu caminho...Não tem foto porque esqueci o celular hoje, mas é só ir em qualquer site de bizarrícies que vocês acham algo do tipo.

domingo, janeiro 20

Eu e o tempo: um detalhe.

Mais tempo ao tempo?
Esse tempo quer meu tempo todo.
Esse tempo pede tempo, tempo, tempo.
Espero um tempão.
Depois é tudo ter seu tempo.
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Pra esse tempo eu já não tenho tempo algum.
E o tempo que eu tenho é curto.
Curto demais pra dar tempo ao tempo.
Esse tempo que espera e deixa na mão.
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Esse tempo.
De dar tempo ao tempo.
De tudo ter seu tempo.
É um tempo que já foi.

segunda-feira, janeiro 14

Trovoadas que anunciam o pancadão

Percebo a ironia escrita em cada linha da vida. Passava por um prédio carcomido, com as beiradas a escapulir torrões de cimento velho. Numa varanda de ferro enferrujado, uma cadeira de praia, uma janela aberta e a vista para a parede do cômodo. Carcomida.
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Era o Instituto de Neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Não sei o porquê mas uma vez na infância estive naquela parte do cimitério onde havia as gavetas. Curioso, lendo os nomes, contando as datas em que idade tinham morrido, vi uma senhora que se empacotou com 103. Chamava-se Angélica. Angélica.
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Talvez Angélica tenha terminado seus dias no mesmo quarto que o arquiteto que projetou o Instituto.

Pela porta entreaberta, um sussurro.

Aguardem. Preparo um pancadão de posts.