quarta-feira, janeiro 30

O bom de ser coleguinha

Trabalho em Botafogo, na rua Eduardo Guinle, uma travessa que faz esquina com a São Clemente, uma das principais do bairro, junto com a Voluntários da Pátria. Pego meu ônibus na praia de Botafogo, então tenho que andar aquele pedaço todo, da Eduardo até a praia, passando pela São Clemente até o final.
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Na esquina da rua Bambina havia uma Palio e, juro, entre as rodas da frente e as rodas de trás, um imenso buraco que percorria a extensão exata entre os eixos do carro. Tipo, impossível colocar o carro ali.
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Como em toda tragédia carioca, um monte de gente olha, cochicha, mas saber do que se trata, que é bom, nada.
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Observação básica de jornalista:
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- Quem é que tá cobrindo? Hum...O Dia, Rádio Tupi, a Globo (foda-se)....
- Ih, a mulher da Tupi é mó nojenta...o cara dO Dia é novão...deve ser estagiário....
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Pronto.
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"Fala, parceiro, sou da Approach, assessoria de imprensa, tranquilão?"
"Tranquilo, parceiro! Que manda?"
"O que aconteceu ali?"
"Ih, rapá, aquela senhora ali de verde estava passando com a Palio pelo bueiro quando explodiu...o carro voou uns 2 metros com ela dentro e caiu naquela posição. Tá uma peleja pra tirar o carro daí."
"Putz! Valeu, meu amigo, amanhã vou ligar pra Cidades e te procurar, valeu!"
"Falou, vou nessa que o PM vai falar um negócio ali."
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E assim eu segui meu caminho...Não tem foto porque esqueci o celular hoje, mas é só ir em qualquer site de bizarrícies que vocês acham algo do tipo.

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