quarta-feira, julho 25

Vida e Futuro


Existem os que constroem bombas atômicas e fazem guerra.
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Existem os que constroem tramas e fazem discórdia.
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Existem os que constroem impérios e fazem absurdos
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Eu quero construir uma família e fazer amor.
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Posso?

quinta-feira, julho 19

O doce veneno do Pan


Saiu no D.O. de 18 de julho. Governo libera 4 milhões de courinho de rato para fazer filme sobre o livro da literuta (literata com prostituta) Bruna, sim, ela mesma, Bruuuuna Little Surfer. Tem tudo a ver.
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Sim, tudo. Foi isso que eu aprendi com Bruna Surfistinha. Aliás, impressionante como as mães conhecem seus filhos tão bem, não é? Enfim, em tempos de PANico, PANdemônio, já tínhamos que estar carecas de saber que o governo gosta de gastar dinheiro público em tudo, menos no que precisa mesmo.
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Sei que é maravilhoso para o esporte brasileiro haver o Pan e para a cultura ter um filme que faça uma outra abordagem da realidade da prostituição (talvez assim os playboys de merda espanquem menos). Porém, enquanto ainda não tivermos escolas, hospitais, segurança pública, o esporte e a cultura podem esperar.

terça-feira, julho 17

segunda-feira, julho 16

Poesia de reflexão



Só Deus sabe o espanto

No saltar dos olhos

De quem topa com desprezo.

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Só Deus sente o pranto

No rolar dos olhos

De quem não carece, mas morre de medo.

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Só Deus pra curar este mal

Só Deus, energia vital

Só Deus, pra arrancar dessa gente

A vontade de nos separar.

quinta-feira, julho 12

Na ida pro trabalho...


Num trecho da estrada onde estou de partida há um rastro de mar que me chama pra vida. Não penso em parada na volta ou na ida e desprezo quem pede conversa e bebida. Regulo o que penso pro bem da semana encaixando o juízo rente aos paradigmas. Reclamo do preço daquilo que odeio e duvido da amada que nem dá motivos. Na esquina do trampo já desço na sede da maledicência do que dorme quieto. Esqueço de forma solene e tranqüila que a vida me dá muito mais do que trela. E ainda por cima perdoa a maldita maneira que a vejo no meu dia a dia. A vida é donzela gostosa e sabida que espera na esquina os carinhos meus. E a cada clareira que acaba com a noite observa tristonha o paspalho que sou.

segunda-feira, julho 9

Se Raulzito cantasse a minha vida...

Eu queria ser formado e contratado por uma empresa multinacional
Onde o meu trabalho fosse reconhecido através de um salário ideal
Eu queria trabalhar oito horas ao invés de seis
Pra não precisar passar entediado a metade do mês
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Eu queria conquistar tudo isso sem perder a chance de viver outros momentos
Eu queria olhar pra minha profissão e enxergar alguma perspectiva mais excitante
Porque eu sou completamente apaixonado, doido, varrido pelo que eu faço
E ainda estou forçando a barra acreditando que posso fazer isso ganhando bem
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Ou eu caio na real e encho a cara de vergonha, assumo a carapuça de homem sério e arrumo um emprego que é o avesso do que eu sou
Onde o ambiente é legal, mas minha alma vive trancafiada numa conta de banco
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Ou eu decido conviver com a certeza de viver feliz e pobre, num emprego que é responsa mas o salário é de fome
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Eu queria mesmo era acabar com esse sofrimento
E poder viver a minha vida instante após instante
Respirar o ar, único e singular de cada dia
Sem sentir que minha chance de ser feliz já foi usada, está perdida

Grito do fim da tarde!

Um cheiro de arruda para minha nuca, por favor!
Uma arruda macerada pelas mãos de um preto-velho!
Tirando firme a vibração pesada deste dia ruim!
Protegendo de todo mal que ainda está por vir!
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Que assim seja, meu pai!