quinta-feira, fevereiro 19

De súbito

O copo de alumínio sua
Pedras de gelo tilintam
Uísque até a boca
.
Antes do gole
A mão bole o peito
A respirção falha
.
O pensmento gira
A imagem escurece
A mente alucina
.
De repente, no chão
Abre-se um vão
As pernas desfalecem
.
Os olhos apontam cegos
Retos para debaixo da porta
A mão agora solta
Está morta
.
Uísque pelo carpete
Pedras de gelo voam
Souberam porque
Copos de alumínio soam.

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