Olho de gato num mato sem cachorro
De olho na selva, se não mato, morro
Olho de lance no rabo da passarela
Olho reflete na porcelana da tigela
.
Tiro o anel prá vender, faço figa
Figo não chega na feira da sexta
O pingo que sai da torneira soca a pia
Desvia por pouco da cesta vazia
.
Fome que não tem nome e que mata
Fome que arde no chio da chibata
Fome que fala no ronco da pança
Fome que marca o tronco de vingança
.
Não tem taxa selic que fique
Reserve a cachaça na gota do alambique
Não tem bolsa-alimento que salve
A ausência do homem nas traves do trem
.
Fazendo o dinheiro de quem já tem
Garantindo o resto na mão bem cerrada
Pra sopa de bota, de vento e aguada
Sopa pra quem não sabe de nada
quarta-feira, abril 29
quinta-feira, abril 16
Pequeno Exercício Lúdico
O amor que lhe dou não é maior
Não vem em baldes, não dá em montes
Não tem à beça, nem custa pouco
.
O amor que lhe dou é um amor refinado
Escolhido a dedo
.
Desse leite, meu amor é a nata
Na vida posso até já ter amado mais...mas eu nunca amei tão melhor.
Não vem em baldes, não dá em montes
Não tem à beça, nem custa pouco
.
O amor que lhe dou é um amor refinado
Escolhido a dedo
.
Desse leite, meu amor é a nata
Na vida posso até já ter amado mais...mas eu nunca amei tão melhor.
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