quinta-feira, dezembro 27

Vida de cigarra


Manhã, meu carro fede a cerveja

Manhã, meu sono me abate com força

Manhã, não troco de roupa ou de cheiro

Manhã, estou morto de certo e inteiro.

.

Madruga, meus passos gingados flutuam

Madruga, cenário antiquado deslumbra

Madruga, mulheres malucas me fitam

Madruga, simpático, sexy e noturno

.

Noite, meu ânimo corta a avenida

Noite, meus olhos se alegram à esquina

Noite, qual fosse de sexta pra sábado

Noite, sorrio numa quarta-feira

.

Dia, e a cigarra não sabia

Dia, nem sequer desconfiava

Dia, que depois da cantoria

Dia, que a cigarra definhava

2 comentários:

Anônimo disse...

hahaha
bem bolado!

Anônimo disse...

I miss you! ;)